terça-feira, 13 de abril de 2010

Curto-Circuito.

Moro em apartamento como muitos, e sou um amante da noite. As madrugadas nos reservam momentos muito preciosos, onde o silêncio e o barulho do coller se sobressaem, fazendo-me aprofundar cada vez mais nos pensamentos, mais precisamente lembranças.
Como no post anterior estava falando sobre o tempo, agora me pego em mais uma questão engraçada envolvendo-o, o curto-circuito que ele gera nas noções do ser humano, um ser impreciso, imparcial, inesperado; Um exemplo, quando se está no ginasio e aquele professor de ciências invoca que seu resumo sobre o corpo humano está incompleto, e você pensa, "arg! Quero acabar essa encheção de saco logo, mas ainda faltam 6 anos". E quando se vive esses 6 anos, várias coisas acontecem que nem nos damos conta, até que finalmente chega o esperado... ACABA! Mas e ai, esses 6 anos não passaram rápido, simplesmente voaram, e agora você está aguardando uma resposta de emprego, o resultado do vestibular, e minutos parecem eternidades, porém quando tudo for resolvido novamente terá a sensação do "acabou" nossa que tempo engraçado?
Voltando ao apartamento e a madrugada, uma imagem muito marcante é quando olhamos na janela nesse horário, luzes apagadas? A maioria, mas sempre há aquelas luzes acesas, uma tv ligeiramente ligada ou algum som do messenger se escuta timido, um vizinho do andar de baixo quem sabe. Ainda, mesmo tarde, ainda há pessoas acordadas, pessoas que muitas vezes trabalham de manhã, mas algum pensamento às encomodam assim, insônia, ou quaisquer outros motivos, porém, aos poucos uma luz vai se apagando após a outra até que chega uma hora que todas estão apagadas, essa hora você se sente só, onde todos estão desligados e o único que sobrou, é seu próprio ser, realmente acostume-se, a maioria das vezes sempre terá alguem com a luz acesa, maaaaas... aprenda a manter a sua e nela confiar, pois caso ocorra um curto, dela que você vai precisar.

domingo, 11 de abril de 2010

Os ponteiros do relógio...

Às vezes o tratamos como nosso inimigo, outras nem tanto. Mas o certo (que será incerto) é que mais cedo ou mais tarde temos que nos acostumar a essa imposição do tempo, do que ele faz em nossas vidas, a mudança causada e aceitar ela de forma amigável, tornando-a todo um aprendizado para nosso ser.
Muito difícil aceitar quando essas mudanças retratam rugas em nossos rostos, limitações físicas, mas o pior quando essas rugas é na própria história que ocorrera até ali, lembrando-se que nesse caso, não existe Dr. Hollywood para "consertar". Hoje vejo tudo de forma diferente do que a 10 anos atrás, e óbvio, que daqui 10 anos estarei vendo tudo de forma diferente do que hoje, pois os ponteiros do relógio não param nunca, e acredito que não somos nós que vemos o mundo de nossa forma, mas ele nos modela a vermos, jamais um adolescente terá a mesma noção do que uma pessoa idosa, e assim por diante.

O que nos resta é esperar o sol nascer, buscar os objetivos a serem alcançados, e não esquecer de dar a corda no relógio.